Thursday, October 30, 2008

O Quinto Mundo

O fim do mundo… dos outros. Será possível construir uma vida em perfeita solidão? O ser humano nasce em sociedade e aprende a viver em sociedade com tudo de bom e mau que daí advém.
Será a sociedade assim tão essencial a nossa existência?
Nos momentos que estamos fisicamente sós, tendemos a acreditar que está “algo” connosco. Chamemos-lhe Deus, Deuses, espíritos anjos da guarda, …qualquer crença é viável! Haverá realmente alguma entidade, algo sobrenatural e omnipresente a olhar por nós?
Quando caímos na angústia, na incerteza e sentimos que até poderíamos recorrer a alguém, mas de qualquer maneira não nos iria entender e por isso optamos por ficar sozinhos, questionamos e procuramos respostas… Sem dar por isso estamos em diálogo com a nossa “entidade”, e o mais fascinante neste processo é que as respostas chegam! Eu falei durante muitos anos com os ET’s – as minhas entidades omnipresentes (tão dignas de respeito com qualquer outra)! Chorei com eles, ri-me, pedi ajuda, desabafei, superei momentos terríveis com a ajuda deles! Mas que no fundo…fi-lo sozinha!
Será o nosso cérebro tão perfeito que afinal não precisamos de mais ninguém para resolver os nossos problemas? Será que criando ilusoriamente um diálogo, fruto apenas de uma necessidade socialmente incutida de não estarmos sós, obtemos as respostas pretendidas?
Nesse caso, talvez possamos viver melhor sozinhos do que supúnhamos.
A nossa capacidade de sobreviver à solidão é enormíssima, mesmo que para isso se criem defesas, crenças, ou o que seja, estamos munidos de ferramentas para o fazer.
E se assim for, porque é que dependemos tanto da aprovação dos outros? Porque é que existe tanto o medo da rejeição? Como é que permitimos que “os outros” seja o centro da nossa vida?
Vivemos, em média, 80 anos. Passamos à volta de uns 70 a viver em funções dos outros…mesmo sem nos apercebermos…é assustador! No entanto se vivermos realmente para nós, corremos o risco de menosprezar o sentimento dos outros e magoar, desiludir quem gosta de nós.
Será que os meus ET’s existem? Se sim…mais uma vez peço que me percebam e me ajudem a perceber afinal, qual é o caminho? O equilíbrio é difícil de alcançar...

Deeper and deeper is all im turning to
Living a life that seems to be
A lost reality
That I can never find a way to reach
My inner self-esteem is low
How deep can I go in the ground that I lay
If I don't find a way to see through the grey that clouds my mind?